Conheça os sintomas e saiba o que fazer para socorrer.

Assim que a diabetes da Beatriz foi constatada, passamos alguns dias na UTI e 2 dias na semi-UTI. Após isso, fomos para um quarto de enfermaria, onde estranhei a falta de todos aqueles aparelhos que tinham nos quartos que anteriormente ficamos. Como sempre, eu ficava sentada em uma cadeira ao lado da sua cama e a primeira noite nesta enfermaria não trouxe boas lembranças.

Já passava das 23:00 (o dextro da Bia era medido de 3 em 3 horas) e eu passando a mão em seu rostinho percebi que ela suava muito e estranhei.
Chamei a enfermeira de plantão, mas ela estava sozinha para atender mais de 5 pacientes e eu mesmo ansiosa procurei me conter. Mas algo me incomodava demais, nunca tinha visto a Bia suar tanto, sua camisetinha do pijama estava meio molhada e tentando manter a calma eu substitui por outra..mas como de calma eu não tenho nada, creio uns 3 minutos depois da primeira chamada, voltei a chamar a enfermeira e comuniquei o ocorrido. Ela me disse que poderia ser o calor, mas eu estava com uma malha e não estava sentindo frio. Ansiosa, perguntei se ela poderia medir o dextro e ela me disse que não, tinha que aguardar até o horário informado na ficha do paciente e ainda faltavam 35 minutos.

A Bia continuava suando e eu atormentei tanto a enfermeira que ela resolveu medir a para nossa surpresa o dextro era de 29. Não entendia muito bem o que aquilo significava, mas quando ela me explicou as pressas que ela estava com falta de glicose no sangue e saiu correndo atras de um pediatra de plantão me orientando para acorda-la e não deixa-la dormir. Meu Deus! Ela já estava dormindo!!! Eu chamava e ela não respondia...E ai?... Minha filha esta morrendo e o que eu faço?

Desesperada, só me veio uma coisa na cabeça: eu tinha um pacote de bala de goma na minha bolsa, tirei uma bala, com aquele monte de açucar em volta... e coloque na boca da Beatriz que parecia uma bicho esfomeado atacando a bala.
Acordou no mesmo instante que aquele açucar preenchia sua boca e passou a circular pela sua saliva. Ela esta viva!...

Eu abraçei minha filha e ela só me pedia mais bala. Mas ela tem diabetes! Que loucura foi a minha colocar algo com açucar em sua boca. 
Peguei um pedaço de bolacha água e sal e dei pra ela que comeu desesperada... até que o médico chegou e sorriso pra mim dizendo para a enfermeira medir o dextro novamente.
Quando ela mediu, no aparelho na constava 102... já não era mais uma hipoglicemia. Então resolvi contar para o médico o que eu fiz e ele me olhou sério e disse: Parabéns mãe! Você salvou a vida da sua filha. A enfermeira nunca poderia ter abandonado ela nesta situação sem prestar os primeiros socorros e fazer a situação dela estabilizar, foi um erro, mas graças a DEUS eu agi a tempo.
Pediu para subirem da cozinha uma maça e disse que com a bala e a bolacha que ela comeu, tudo ficaria sob controle até as 03:00 da manhã, quando seria a próxima medição".

A hipoglicemia é provocada pela queda na glicemia, ou seja, nos níveis de açucar no sangue baixam demais e como consequência causam sintomas desagradáveis.

Pode afetar pessoas diabéticas ou não diabéticas e geralmente ocorre quando a glicemia está abaixo de 60mg%, sendo que dependendo de uma pessoa para outra, quando chega a aproximadamente 30mg% a pessoa pode entrar em coma". 

Identificando a hipoglicemia:



Sintomas




Sensação de tremores, tonturas, palidez e fraqueza









Suor excessivo, taquicardia, fome e irritabilidade.












Sonolência, dificuldade no raciocínio e pode ocasionar desmaio*.







* É importante identificar rapidamente para evitar desmaios, pois a situação fica mais difícil nessas condições. 


Quais são as causas?

Existem dois tipos principais de hipoglicemia: a hipoglicemia de jejum e a pós-prandial, ou reativa, que ocorre depois das refeições.
Entre as causas da hipoglicemia de jejum destacam-se:
* Produção exagerada de insulina pelo pâncreas;
* Dose em excesso de medicamentos utilizados no tratamento de diabetes;
* Insuficiência hepática, cardíaca ou renal;
* Tumores pancreáticos;
* Consumo de álcool;
* Deficiência dos hormônios que ajudam a liberar glicogênio.


O que fazer para evitar?

* Manter os horários das refeições, de preferencia se alimentar de 3 em 3 horas;
* Não pular refeições;
* Fazer acompanhamento com o seu endocrinologista (no caso de diabetes) para avaliar os ajustes na dosagem de insulina;
* Fazer acompanhamento com um profissional de nutrição para sanar duvida quanto ao valor energético dos alimentos;
* Se atentar a exercícios que ocasionem grande gasto energético.

Como agir para corrigir a situação?

SE A PESSOA ESTIVER ACORDADA:
* Mantenha a pessoa sentada e bem apoiada para evitar quedas;
* De a ela um copo de suco de frutas ou faça-a ingerir uma fruta que contém bastante suco (exemplo: laranja, manga ou tangerina) ou utilize uma ou duas balas com açucar (de preferência mole);
* Assim que observar que ela esta melhorando, alimente-a, de preferência com carboidrato;
Tenha segurança que a pessoa esta consciente e não vai engasgar.
Cuidado para não exagerar na dose, para não deixar os níveis de glicemia muito alto.

SE A PESSOA ESTIVER DESMAIADA:
* Colocar açúcar ou mel (gradativamente até que ela acorde) entre a bochecha e os dentes (Não dê líquidos, não a force a abrir a boca). Massageie a bochecha (provocando aumento de saliva, que derreterá o açúcar e fará com que ele seja engolido mais rapidamente).
* Quando a pessoa acordar, dê suco de fruta e um lanche com carboidrato.
Atenção: Existe uma medicação injetável chamada glucagon (glucagen) e que é muito utilizada para socorrer pessoas com diabetes em condições extremas. Fale com seu médico a respeito desse medicamento e ele lhe aconselhará como agir.

Links dos artigos que ajudaram a compor as informações acima:

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