Estas são minhas filhas:
Gabriella a mais velha e a Beatriz a caçulinha que nesta foto tinha dois anos e seis meses. 
Ambas aparentemente muito saudáveis.


Em 2012 eu trabalhava na matriz de uma empresa de franquias como Coordenadora Logística e minha filha mais velha estudava meio periodo e ficava na casa da minha mãe na outra metade e minha caçula ficava o dia todo com a minha sogra.

Exatamente no dia 08/03/2012 pela manhã, minha sogra (Dna Margarida, um dos anjos que DEUS colocou em nosso caminho) me ligou no celular e me informou que a Beatriz não estava bem e estava sentindo dor ao urinar.
Já faziam 2 dias que ela estava estranha... enjoadinha como quem vai ficar gripada, porém um pouco irritada e sonolenta.
Estava tomando liquido, acima do normal e consequentemente, urinava muito.


Já pensei em calculo renal, pois é um problema recorrente na minha vida e na minha família por parte de mãe.

Corri busca-la e a levei ao hospital.
No hospital foram feitos hemograma e exame de urina e constatou-se uma infecção urinária muito alta. Quando a médica me deu essa noticia eu disse que não haveria problema, pois eu daria a medicação necessária em casa... mas não era bem como eu pensava: Foi necessário internar a Bia e durante 5 dias la ficou em tratamento com medicação forte e só saiu depois de 3 dias, após fazer um ultrasson das vias urinárias.

Ela recebeu alta as 10:00 da manhã do dia 13/03/2012 e passou bem.... dormiu como um anjo a noite inteirinha.
No dia seguinte, resolvi voltar ao trabalho e deixei ela novamente na minha sogra, com a orientação da medicação que deveria tomar, mas durante os próximos dois dias, ela ficou muito sonolenta e não queria comer. Voltou a urinar muito e começou a ficar bastante abatida.
Ela sempre tomou muito suco e até essa idade, o suco era oferecido na mamadeira e como ela começou dormir tomando suco...imaginamos que fosse por causa do bico da mamadeira que a acalmava.

No dia 15/03/2012, minha sogra me ligou novamente no serviço para dizer que ela estava muito mole e só queria dormir. Apavorada eu sai correndo e novamente fomos ao pronto socorro.
Chegando lá, coloquei a boca no mundo e pedi prioridade no atendimento pois ela não estava bem.
A enfermeira que estava fazendo a triagem verificou a saturação e como estava muito baixa, priorizou o atendimento dela.

A médica nos atendeu muito rapidamente e mal a examinou, dizendo que ela tomaria um soro com glicose para dar uma reagida pois estava desidratada. Minha filha não parava de pedir suco e eu não tinha onde comprar um suco fresquinho por ali... resolvi então comprar um guarana e dei pra ela, mas ela ficou ainda mais molinha.

Sem entender os sintomas, mas estranhando a reação dela, mais uma vez com ela nos braços, sai da enfermaria e corri pra dentro do consultório da medica. Já tinha trocado o plantão e já era outra profissional que estava na sala... e eu lhe digo: Que profissional fantástica! Só de se aproximar da boca da Bia ela sentiu um cheiro que a fez identificar a doença.
Ela me disse: Mãe, vamos com essa criança para a emergência, pois ela esta tendo uma crise de hiperglicemia.

Eu nem tinha ideia do que era isso, só obedeci a instrução da médica e fui atrás dela com minha filha no colo pelo corredor (mal sabia eu que estávamos indo para a UTI).
Ela pediu que eu parasse no corredor e orientou uma enfermeira no caminho que era pra tirar o dextro da minha filha.
Quando ela furou o dedinho a Bia acordou e começou a chorar... disse que doeu... mas pra nossa infelicidade, a enfermeira teve que repetir a medição, disse que deu um erro e que teria que picar de movo.



Na verdade o aparelho tinha identificado uma HI e ela só queria confirmar sem me assustar... mas eu fiquei brava com ela... achei que ela não tivesse medido direito e após a segunda picadinha... veio a confirmação.
Ela correu cochichar no ouvido da médica que mandou entrarmos na emergência e 4 enfermeiras foram pra cima da minha filha para começar os procedimento que a médica já tinha orientado.
A médica me segurou e disse: Mãe, estamos preparando a UTI para tentar salvar sua filha: Nós podemos perder sua filha e iremos aplicar insulina na veia dela, você precisa estar ciente e autorizar: é a unica formar de salva-la, pois o pâncreas da sua filha parou de funcionar e ela esta com diabetes.
Esta frase soou como uma bomba.

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