Cura para diabetes tipo 1 - estudos com células-tronco
Publicado por The Thelegraph - Por Sarah Knapton, Science Editor
09 Out 2014
A cura para o diabetes pode ser iminente depois que cientistas descobriram como fazer enormes quantidades de células produtoras de insulina.
A Universidade de Harvard, pela primeira vez, conseguiu fabricar os milhões de células beta necessários para transplantes.
Isso pode significar o fim das injeções diárias de insulina para pessoas portadores de diabetes.
Esse é um grande momento, em 23 anos de pesquisa para o professor da Harvard, Doug Melton, que tem tentado encontrar uma cura para a doença desde seu filho Sam, foi diagnosticado com diabetes tipo 1, ainda bebê. Aos 7 anos de idade, prometi a ele que ia descobri a cura. Estamos a uma pequena distância da linha de chegada , disse o Prof. Melton.
As células beta derivadas de células-tronco estão atualmente em fase de testes em animais, incluindo primatas não-humanos, onde eles ainda estão produzindo insulina depois de vários meses, disse o Prof Melton.
Chris Mason, professor de medicina regenerativa da Universidade College London, disse que sera "potencialmente um grande avanço médico.
Professor Anthony Hollander, Chefe do Instituto de Biologia Integrativa da Universidade de Liverpool, acrescentou: "Esta é uma investigação fundamental e muito emocionante que resolve um grande obstáculo para o desenvolvimento de um tratamento com células-tronco para diabetes.
Professor Elaine Fuchs, da Universidade Rockefeller, descreveu os resultados como "um dos avanços mais importantes até à data no campo de células-tronco".
"Por décadas, pesquisadores têm tentado gerar células beta pancreáticas humanas que poderiam ser cultivadas e passadas de longo prazo em condições onde produzem a insulina."
Um relatório sobre o trabalho foi publicado na revista Cell.
Fonte: http://www.telegraph.co.uk/science/science-news/11151909/Cure-for-Type-1-diabetes-imminent-after-Harvard-stem-cell-breakthrough.html
Estudo premiado investiga tratamento com células-tronco para diabéticos.
Publicado em, Ciencias, USP On line Destaque
Por Redação
04 Set 2014
Pesquisa do Centro de Terapia Celular (CTC) do Hemocentro de Ribeirão Preto e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP investigam a rejeição de células-tronco mesenquimais pelo sistema imunológico de pacientes com diabetes do tipo 1. Essas células são retiradas da medula óssea de doadores saudáveis, cultivadas em laboratório e injetadas sucessivas vezes em pacientes que se tornaram diabéticos recentemente, para manter a produção de insulina pelo organismo.
O estudo de Maria Carolina de Oliveira Rodrigues, que venceu a edição 2014 do Prêmio L'oOreal Mulheres na Ciência, é realizado há três anos e utiliza testes de sangue para verificar a presença de anticorpos que inviabilizam o tratamento. Espera-se a obtenção de resultados dentro de um ano. Maria Carolina afirma que estas células conseguem modular ou controlar respostas inflamatórias, além de estimular o reparo de tecidos lesados.
“Os pacientes recém-diabéticos apresentam uma inflamação no pâncreas, que destrói as células beta-pancreáticas, produtoras de insulina. Por isso foi pensado que injetando as células no sangue desses pacientes, elas pudessem migrar até o pâncreas, resolver a inflamação e preservar o funcionamento de restante das células beta-pancreáticas”, diz. “Assim, o paciente poderia continuar produzindo um pouco de insulina, diminuindo a necessidade de injeções diárias de insulina e, possivelmente, reduzindo as complicações crônicas do diabetes, como cegueira, úlceras, problemas nos rins, entre outras”.
Um grupo de oito pacientes submetidos à terapia com sete e oito injeções de células mesenquimais no HCFMRP apresentou uma resposta ruim ao tratamento, que pouco afetou os níveis de insulina. “Essa falta de eficácia já foi relatada por alguns grupos de pesquisa que tratam outros tipo de doença autoimune, enquanto outros grupos relatam sucesso”, ressalta Maria Carolina. “Talvez essas células injetadas tenham sido rejeitadas, já que o sistema imunológico dos pacientes diabéticos é forte e poderia armar uma rejeição dessas células. Em situações em que o sistema imunológico esteja abalado, por quimioterapia ou por doença, essa rejeição seria menos importante”.
Mecanismo de rejeição
A pesquisa com os pacientes é realizada há três anos. Maria Carolina tem realizado testes de sangue de pacientes diabéticos tratados com células mesenquimais quanto a presença de anticorpos contra as células recebidas. “Se esse sangue contiver os tais anticorpos, fica estabelecido um possível mecanismo de rejeição, explicando a falta de eficácia do tratamento”, afirma. “Além disso, testaremos também o sangue de pacientes imunossuprimidos, que têm o sistema imunológico deprimido por alguma razão, que também tenham recebido injeções de células mesenquimais, quanto à presença dos anticorpos”.
Os resultados dos dois tipos de pacientes serão comparados. Acredita-se que será possível obter resultados dentro de mais um ano”, ressalta Maria Carolina.
Se a análise conseguir mostrar que os diabéticos apresentam anticorpos contra as células e que os imunodeprimidos não apresentam anticorpos semelhantes, contribuiremos muito para as pesquisas com esse tipo de célula.
De acordo com a pesquisadora, investigar a falta de eficácia de um método permite corrigir um estudo e “acertar” em um novo estudo. “Poucos pesquisadores têm a oportunidade de tratar pacientes com diabetes e ainda colher o material necessário para a pesquisa”, relata. “Como os estudos seguem a linha de pesquisa iniciada pelo professor Júlio Voltarelli, o trabalho pode contar com uma grande experiência no manejo de pacientes diabéticos incluídos em pesquisas com células tronco”.
Maria Carolina explica que embora existam muitas pesquisas com animais, principalmente ratos e camundongos, é difícil transpor tudo o que é observado nos animais para os humanos. “São organismos muito diferentes e uma vez estabelecido que o procedimento é seguro, parte-se para a pesquisa clínica, com seres humanos”, observa. “Nesse caso, foi preciso dar um passo para trás. Tratamos humanos, mas não funcionou. Agora é investigado o porquê”.
Fonte: http://www5.usp.br/52430/estudo-premiado-investiga-tratamento-com-celulas-tronco-em-diabeticos/
Se a análise conseguir mostrar que os diabéticos apresentam anticorpos contra as células e que os imunodeprimidos não apresentam anticorpos semelhantes, contribuiremos muito para as pesquisas com esse tipo de célula.
Trouxemos também um video mais antigo, com a reportagem que fala sobre o inicio das pesquisas realizadas no Brasil:
Vamos manter a esperança acessa, pois a medicina esta avançando e logo, logo, os benefícios surgirão.
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