Eu juro que se eu fosse contar quantas vezes eu já ouvi essa frase, eu certamente teria perdido a conta.

Outro dia pela manhã, quando fui deixar a Bia na escolinha em que ela estuda, ouvi uma mãe cochichar para outra:

- Essa é a mãe da menina que te falei, que estuda na sala da minha filha e que tem diabetes.

E eu logo me inseri naquele dialogo:


- Oie! Eu sou a mãe da Bia, e você?...


- Ela comentou o nome de sua filha, que pra falar a verdade eu nem me lembro mais e ficou muito sem graça, mas logo rebateu:


- Pois é, eu estava falando para ela que a professora explicou para as crianças que tinha uma amiguinha nova na sala que não poderia comer doces. 


Coitada da sua filha! Tão pequenininha e tem que ficar passando vontade né!

Tranquilamente perguntei a ela:

- Vontade? Bem, passar vontade é uma coisa que os psicanalistas já explicaram que depende muita da forma com que é tratada.

Minha filha já teve vontade de beber Amarula, pois pensou que fosse um milk shake. Você daria Amarula para sua filha experimentar só para passar a vontade dela?

A mãe logo respondeu:


- De jeito nenhum eu colocaria na boca da minha filha algo que fizesse mal a ela. Bebida alcoólica é coisa de adulto e mesmo assim sabemos que não é recomendado o consumo pois estimula o alcoolismo.


Você percebe como não é só os pais de uma criança com diabetes que dizem não.


O problema não é o "não" em si, mas é da forma com que esse não é dito.


Eu sempre explico a Bia que o que ela não pode comer é porque contem açucar e fará mal a ela, mais ou menos parecido com a crise que ela alérgica que uma criança com intolerância a lactose teve na sua frente no ano passado.

Além de explicar os motivos, eu sempre prometo (e cumpro), fazer algo na versão diet.


Vejam o rostinho nas fotos da Bia e tirem suas conclusões.



Ela parece uma criança infeliz que não pode comer nada?

Será que ela passa vontade das coisas que vê com açucar?

Quem a conhece, com certeza não tem duvidas.


Quebre preconceitos e ajude as pessoas a entenderem como uma pessoa com diabetes vive hoje.

Mesmo com diabetes, você pode e merece ser feliz e as pessoas podem ver você com outros olhos.


Xô preconceito!

Xô ignorância!

Benvindo a nossa realidade.
Imagem: Google
O conhecimento é uma das ferramentas que mais colaboram para o crescimento das pessoas e no caso do diabetes não é diferente.
O problema é que quando falamos do nosso corpo, o conteúdo do conhecimento não é algo pronto, algo que esteja disponível em prateleiras para ser comprado. 

O seu conteúdo é único e isso ocorre em função da sua genética que pode fazer com que você desenvolva alergia, intolerância, dificuldade de digestão com alguns alimentos, sensibilidade a algum produtos e uma série de particularidades que é só sua e que você vai se adaptando com o tempo e a 
convivência. 

Mas como chegar a um conteúdo de qualidade, eficaz e que contribua para sua qualidade de vida?


A minha resposta é: se conhecendo melhor.

Em uma empresa, quando um consultor é contratado para identificar um problema, o que ele faz? 

Ele passa a conviver com o dia a dia da empresa e passa a anotar tudo.

Anotando, temos a oportunidade de estudar, avaliar e com a ajuda de outras pessoas, podemos passar a entender algo que para nós talvez não fizesse sentido.

Se você não tem o hábito de anotar sua rotina, faça uma experiência: tire 30 dias para anotar tudo: refeições, remédios e horários da ministração, as sobremesas, os lanchinhos, o horário de aplicação de insulina e a quantidade, as indisposições devido a condições que não dependem de você (Exemplo: tempo seco, choque térmico, etc) as mudanças na rotina como horários de dormir e acordar, os cochilos (quando ocorrem), as chateações, o stress, etc.

Use essas anotações em suas visitas ao médico, ao nutricionista, ao oftalmologista e a outros profissionais que participem dos cuidados com a sua saúde.

Nós descobrimos muita coisa com nossas anotações e chegamos a ajudamos os profissionais a cuidarem melhora da nossa pequena.

Um exemplo é a mudança na rotina do sono: quando a Bia esta estudando ela acorda as 06:00 e dorme as 21:00, mas se ela dormir mais tarde, no dia seguinte o organismo dela reage e a glicemia fica ligeiramente alterada.

E você que já tem diabetes a alguns tempo e não consegue manter os índices sob controle ou você que descobriu o diabetes a pouco tempo e tem tantas dúvidas que são comum nesse inicio, se habitue desde cedo a anotar tudo e logo, logo conhecerá seu corpo mais do que imagina.




Imagem: Arquivo pessoal















Fique zen e até a próxima!


Grau de dificuldade: Médio
Rendimento         : Aproximadamente 15 biscoitinhos borboleta, como o da foto.





Esse biscoitinho é uma delicia e fica bem crocante. A Bia resolveu fazer os desenhos dessa vez, este ai da foto é uma borboleta.
Essa receitinha é da minha sogra. Ela é simples mas muito gostosa para comer no lanchinho da tarde. Experimente.

Ingredientes:
                                                                          
1 Ovo
1 Pacote de polvilho azedo
150 ml Água quente
150 ml Leite
70   ml Óleo de soja
1 Colher (sobremesa) de sal


Preparo:

Aqueça a água no microondas por 1 minuto.
Coloque em uma travessa o polvilho azedo e aos poucos vá acrescentando os outros ingredientes, exceto o ovo.
Eu procuro colocar metade da água e do oleo... mecho bem até virar uma farofa e depois coloco a outra metade, o sal e o ovo.
Inicialmente a massa fica uma farofa, depois começa a ficar mais molinha.
Mexa bem... se a massa ficar muito mole, fica um pouco mais difícil fazer desenhos.
O ponto da massa é bem simples, ela fica parecendo um liquido, mas quando você vira a colher ela demora para cair, pois já esta pastosa e não fica esparramada na forma.
Você deve usar um saco de confeiteiro ou um saco plastico bem limpinho. 
Faça um furinho na ponta e com ele você forma os desenhos dos biscoitinhos.
Coloque no forno pré-aquecido a 180ºC e vire para dourar dos dois lados.
Ficam bem crocantes e são irresistíveis.

Bom apetite!